Fiscalização fecha o cerco contra o abate clandestino

Na manhã desta sexta-feira, 27 de março, uma operação conjunta da Polícia Civil, Secretaria Municipal de Agricultura e Secretaria Municipal de Saúde, através da Vigilância Sanitária, Secretaria Estadual da Agricultura, e Fiscalização Tributária Municipal, visando coibir o abate clandestino no município, resultou na apreensão de cerca de 150kg de carne, linguiça e salame encontrados em péssimas condições de higiene ou com irregularidades de acordo com o Sistema de Inspeção Municipal (SIM).

Conforme a Vigilância Sanitária do município, as carnes encontradas pelos fiscais não possuíam a certificação do Sistema Municipal de Inspeção – SIM, selo de garantia de inspeção da carne no processo de abate e requisito legal para a comercialização e consumo da mesma no município.

Além disso, os fiscais constataram as péssimas condições em que foram encontradas as linguiças apreendidas, as quais já estavam em processo de putrefação. Já o salame apreendido tinha apenas a certificação do SIM do município de São Pedro do Butiá, o que permite o comércio do produto apenas no município cadastrado, uma vez que não havia certificação estadual ou federal do produto.

CONSCIENTIZAÇÃO - Um dos resultados esperados com a realização da medida preventiva nesta sexta-feira é, além de fiscalizar as irregularidades quanto ao abate e comércio de carnes e derivados, conscientizar a população são-luizense sobre a importância do consumo de produtos com procedência e certificação, a qual garante a qualidade da carne a ser consumida. Neste intuito, as Secretarias de Saúde, Agricultura e Meio Ambiente, através da Vigilância Sanitária e do Serviço de Inspeção Municipal – SIM, informam à comunidade são-luizense acerca da preocupação quanto ao consumo de carnes e derivados sem inspeção sanitária.

PREOCUPAÇÃO - Na última semana, em reunião realizada entre os setores da área, foram discutidos os perigos do consumo de carnes oriundas de abates sem inspeção sanitária e de vendas de carnes e embutidos em estabelecimentos sem fiscalização sanitária. De acordo com a Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente, as carnes das espécies bovina, suína, ovina, aves, caprina e peixes, são as de maior consumo entre a população são-luizense, sendo elas também responsáveis pela transmissão de várias doenças e enfermidades graves relacionadas ao seu consumo e preparo.

CUIDADOS NA FISCALIZAÇÃO - Segundo o médico-veterinário Rodrigo Nagel, da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente e responsável pelo SIM no município, a qualidade da carne começa já na seleção de animais a serem abatidos. Neste intuito, são analisados os animais para a certificação de que não há fêmeas prenhas, animais estressados, doentes, quebrados, com lesões aparentes, animais moribundos, animais medicados, seja com remédio ou vermífugos, que depositam em sua carne enzimas, hormônios, células inflamatórias, medicamento ainda não metabolizado pelo animal, ainda podendo ser encontrado larvas e ovos de diversos parasitas prejudiciais à saúde humana, muitos trazendo conseqüências graves a quem os ingere.

O método como o animal é abatido, as condições de higiene do local de abate, sua conservação e condições de resfriamento são de grande valia para a qualidade do produto, tanto quanto para contaminação através de microorganismos, bactérias e sujidades oriundas do processo de abate, resfriamento, transporte e comercialização, estas responsáveis por diversas enfermidades gástricas e intestinais dos seus consumidores.

COLABORAÇÃO PELA SAÚDE - Com a constatação do grande número de carne apreendida nesta sexta-feira sem procedência certificada, a Prefeitura Municipal ressalta que as medidas de coibição do abate clandestino estarão cada vez mais intensificadas; no entanto, a conscientização e colaboração dos consumidores serão imprescindíveis para que esta prática ilegal deixe de ser rotineira, uma vez que a certificação do SIM é a garantia de qualidade, saúde e sabor na mesa dos são-luizenses. (Pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Luiz Gonzaga, com informações da Secretaria da Agricultura e Vigilância Sanitária)