Sepé Tiaraju: 261 anos da morte do herói missioneiro

  • Guerreiro morreu em batalha no dia 7 de fevereiro de 1756

    Assunto: Setor de Turismo  |   Publicado em: 07/02/2017 às 16:00   |   Imprimir

Na terça-feira, 7, completam 261 anos da morte de Sepé Tiaraju. Para lembrar a data, o Setor de Turismo da Prefeitura de São Luiz Gonzaga e o escultor Vinícius Ribeiro realizam uma homenagem ao herói missioneiro.

Nesta matéria especial, será abordado um breve histórico da vida de Sepé, sua importância para o turismo no município e a influencia do herói missioneiro para os artistas e personalidades de São Luiz Gonzaga e região.

SÃO-LUIZENSE

O historiador gaúcho Osório Santana Figueiredo escreveu: “O Capitão Sepé, Alferes-Real e corregedor do povo de São Miguel nasceu em São Luiz Gonzaga, no ano de 1723”. Ainda criança, Sepé teria perdido os pais e então levado à São Miguel, onde foi criado por um padre e se tornou uma liderança incontestável das reduções.

Como Alferes Real era comandante das milícias, um tático inato às condições do terreno. Por ser destemido, ousado e astucioso, foi escolhido para liderar os índios missioneiros na Guerra Guaranítica, onde morreu lutando contra Portugal e Espanha, em 7 de fevereiro de 1756.

MONUMENTO A SEPÉ

            Em frente à Prefeitura de São Luiz Gonzaga, a qual possui o nome oficial de “Paço Municipal Sepé Tiaraju”, está a estátua do herói nacional e missioneiro. A obra, denominada “A cruz acima da lança!”, foi feita pelo artista plástico Vinicius Ribeiro e esculpida em concreto armado.

Significados da obra:

Cruz

A cruz cristã - levemente estilizada, para compor melhor a obra - representada como símbolo universal do sacrifício consciente e voluntário em busca da paz e não um artefato exclusivo de alguma religião.

Ela está em 1º plano, demonstrando o que ele representava e o que defendia. Afinal, Sepé era cristão, nascido nas Missões, assim como o pai e provavelmente o avô. Esse era o ambiente, o lar ao qual ele protegia.

Lança

A lança encontra-se em 2º plano, apontada para baixo, simbolizando que esta terra tinha dono e que ele não queria a guerra.  Mas a defesa é um direito de todo ser vivo. Eles estavam prontos para morrer lutando em defesa de seu lar.

Vestimentas

As vestes selvagens e os adornos de seus antepassados, a boleadeira, a lança, como que a buscar forças nas suas raízes mais primitivas.

A utilização dessas vestes tem por objetivo demonstrar a mescla de emoções e sentimentos vivenciados por Sepé e seus irmãos naqueles tempos: a raiva pelo incompreensível e desumano Tratado de Madri, a impotência perante o poderio português, a forte dor da traição por parte do rei da Espanha, o qual eles aprenderam a amar desde pequenos, e a quem pagavam altos impostos anuais - durante quase 70 anos - pela posse da terra.

Finalmente a dor maior do abandono, por parte da maioria dos padres jesuítas.

Tembetá (adorno)

Símbolo característico do Guarany guerreiro, osso cravado no lábio inferior.

Tettymakuaá (adorno)

Atado existente nos braços do guerreiro, feito de cabelo trançado de jovem índia após a primeira menstruação.

FRASES

            Além da importância histórica, Sepé Tiaraju também serviu de inspiração para muitas personalidades e artistas de São Luiz e região.

“Mesmo após 261 longos anos, o exemplo de resistência de Sepé, em defesa de seu lar, continua inspirando a todos nós!"

- Vinícius Ribeiro, artista plástico

“Para falar sobre a história de São Luiz Gonzaga é preciso falar de Sepé Tiaraju. O herói missioneiro que lutou com bravura pelos ideais de seu povo, representa até os dias de hoje a determinação de todos os são-luizenses que acreditam em seus princípios e honram suas raízes.”

- Sidney Brondani, prefeito de São Luiz Gonzaga

“Sepé Tiaraju filho de São Luiz Gonzaga, herói nacional, orgulho da nossa terra!”

- Pedro Ortaça, artista missioneiro

“A lealdade de Sepé Tiaraju com o seu povo deveria servir de exemplo nos dia de hoje”

- João Paulo Jornada, advogado

“Sepé Tiaraju, nosso grande guerreiro!”

- Aldimar Machado (Buzina), vereador são-luizense

“Sepé Tiaraju tornou-se um símbolo da resistência guaranítica”

- Olga Gonçalves Farias, professora

 

Texto: Setor de Turismo

Fotos: Larissa Dorneles / AI Prefeitura de São Luiz Gonzaga